quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

THE STROKES

Começando a nossa retrospectiva desta década em dia de natal.
O primeiro feito musical desta década foi no dia 20/04/2001, numa sexta-feira, o brilhante e super informado Lucio Ribeiro colocou na capa do caderno ILUSTRADA da folha de São Paulo o seguinte título, THE STROKES – QUASE FAMOSOS.
Talvez este é o furo de reportagem mais famoso da carreira deste jornalista, vejam o que ele colocou:


The Strokes
Quase famosos
Conheça a banda nova-iorquina que é considerada a mais nova “grande esperança do rock’; saiba sobre a trajetória do grupo dos bares até a disputa de dez gravadoras e leia entrevista com o baterista, que é... brasileiro”.
The Strokes. De início, tudo o que você precisa saber é o nome desse quinteto de garotos de Nova York, todos com idade entre 20 e 22 anos. Nova sensação do rock, "novo Nirvana", "next big thing", a salvação da lavoura?É cedo para afirmar, mas há muito tempo a cena roqueira não ficava tão excitada com um grupo novo como agora, com Strokes.E, se for levado em conta que é a banda iniciante mais comentada no corredor Nova York-Londres em anos, citada por roqueiros veteranos em entrevista, com shows cuja platéia é recheada de "notáveis" do pop...Tudo isso é para uma bandinha que tem apenas um (1!!!) single (três músicas) e dez (10!!!) propostas de gravadoras americanas para o primeiro álbum.O tal único single da banda, o espetacular "The Modern Age", lançado só no Reino Unido, já tem uma modesta aparição em lojas de importados de SP. Canções da banda também começam a ser ouvidas nas pistas de clubes de música independente.A intersecção Brasil-Strokes vai além. A Folha descobriu que o baterista do grupo é... brasileiro. Fabrizio Moretti, 21, que está na entrevista ao lado, é carioca, pai italiano/mãe brasileira, mas vive em NY desde os quatro. O Strokes, além de Moretti, tem Julian Casablancas (vocal), Nick Valensi e Albert Hammond Jr. (guitarras) e Nikolai Fraiture (baixo).E a imprensa musical, inglesa ou americana, não sabe o que fazer com essa banda que nem um álbum cheio tem, nem gravadora nos EUA tem, nem um esquema mínimo de marketing tem.O rótulo que mais acompanha o Strokes em resenhas é: "a banda é um encontro do melhor de Velvet Underground com Stooges, com Kinks, com Nirvana".No site oficial da banda há disponível uma versão em MP3 para "The Modern Age". As outras canções, "Last Nite" e "Barely Legal", estão no Napster.O grupo apareceu ao rock em janeiro de 2001 no semanário inglês "New Musical Express" como "o single da semana". Uns poucos shows do Strokes na Inglaterra já fizeram com que a revista "The Face", de novas tendências, dedicasse duas páginas à banda, com uma enorme foto dos rapazes com o Empire State ao fundo.O "hype" atravessou o Atlântico e atingiu o lar da banda: os EUA. O grupo começou a correr o país abrindo shows em uma curta turnê do grupo inglês Doves. Nisso a "Rolling Stone" já tinha dado uma resenha grande do single "The Modern Age", que nem havia sido lançado nos EUA, num espaço dedicado para álbuns.Os ingressos da turnê começaram a se esgotar rapidamente, e os shows do Strokes se tornaram bem mais badalados que os da atração principal. A "NME" deu chamada de capa para uma curtíssima resenha de um show do Strokes no Texas e nem falaram do Doves, prata da casa.No mês passado, a primeira apresentação do grupo em Los Angeles reuniu na platéia Morrissey e Courtney Love, entre outros.A "Rolling Stone", agora em abril, em seu especial "What's Cool Now" (O Que É Legal Agora), elegeu o Strokes como "a próxima grande banda do rock".Esse conto a la "Quase Famosos" (filme de Cameron Crowe) da vida real acaba nesta semana, dentro de um estúdio em NY, onde o Strokes grava a toque de caixa seu desde já esperadíssimo primeiro CD, com um contrato assinado com a "major" RCA-BMG e com uma turnê européia armada para junho e julho, para depois entrar nos concorridos festivais britânicos de verão. E daí para...

O seu nome é “Is this it ?”, este cd foi eleito o melhor disco do ano pelo NME e freqüentou varias listas e a banda tocou em diversos festivais no planeta.
As vendas foram ótimas, vendeu aproximadamente 3 milhões de copias no mundo todo.
Pode-se dizer que este cd já nasceu como clássico desta década, é uma presença certeira em provável todas as listas de melhores álbuns desta década.
Infelizmente a banda não conseguiu manter o nível nos álbuns seguintes, primeiro “ROOM ON FIRE” de 2003 e o ultimo “FIRST IMPRESSIONS OF EARTH” DE 2006. Os Strokes passaram com dificuldade no chamado teste do segundo disco, o disco parece resto do brilhante estréia, há poucos momentos de brilho. No seu último disco tem uma grande canção e se chama “JUICEBOX”, no mínimo da para se dizer que é uma boa recuperação do segundo disco pouco regular. Mostrando que a banda não perdeu o talento da estréia. Em 2007 a banda resolveu tirar umas férias e o seu guitarrista Albert Hammond Jr lançou o seu primeiro disco solo chamado “YOURS KEEP”, teve uma boa aceitação o seu trabalho solo, tanto que lançou este ano mais um disco solo chamado “COMO TE LLAMA?”.

Se você não ouviu ou quer ouvir mais uma vez , ouça:
http://www.4shared.com/file/14733441/356d1e30/TS2001_-_ITI.html

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